Tecnologias em Diabetes

1- Terapia com infusão contínua subcutânea de insulina (bombas de insulina):

O tratamento do diabetes mellitus (DM), principalmente o DM tipo 1 (dependente de insulina) pode ser realizado através da aplicação de múltiplas doses de dois tipos de insulina (MDI) ou sistema de infusão contínua subcutânea de insulina, conhecido como “bomba de insulina”. No Brasil, temos dois tipos de sistemas de infusão de insulina: o Minimed 780G, da empresa Medtronic, que é um sistema integrado ao sistema de monitorização contínua de glicose, e a mini bomba Solo Accu-check, da empresa Roche, que é somente um sistema de infusão contínua de insulina. As bombas de insulina são dispositivos portáteis constituídos por um reservatório de insulina e um cateter (no caso do sistema 780G), por onde passa a insulina do reservatório até chegar na cânula, que é inserida no tecido subcutâneo e trocada a cada três dias. Já na mini bomba Solo, o dispositivo é inserido no subcutâneo através da cânula, sem a presença de cateter (ou seja, sem fio). A escolha por este tipo de terapia e do tipo de sistema mais adequado para cada paciente é realizada em consulta médica especializada, onde é explicado como cada sistema funciona, os cuidados necessários e os requisitos para seu uso.

2- Monitorização contínua de glicose:

A monitorização glicêmica pode ser realizada através da glicemia capilar (MCG) e/ou sistema de monitorização contínua de glicose (CGM). A MCG é um método que fornece apenas um resultado da glicemia capilar no momento da realização do teste e não reflete o resultado da glicemia de 24 horas do dia. O CGM, que pode ser em tempo-real (rtCGM) ou intermitente (iCGM ou sistema flash), é um método de monitorização glicêmica que permite medição contínua da glicose intersticial ao longo do tempo, identifica variações da glicose ao longo do dia, eventos e tempo de exposição a hipoglicemia, hiperglicemia e ao alvo glicêmico, otimizando o tratamento e evitando as complicações agudas e ao longo prazo.

Além disso, mostra as setas de tendência da glicose, permitindo uma conduta terapêutica diante de uma hipoglicemia iminente ou uma hiperglicemia, mantendo a glicose mais tempo dentro das metas recomendadas pelas diferentes diretrizes e sociedades médicas.